sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Eu fiz chover.

Sempre chorei na chuva e mesmo quando não chovia vi chover cada pedaço da minha tristeza.
E um dia me disseram: Quem chora na chuva é mais feliz. Só que a felicidade na melancolia eu nunca encontrei.
Quando a gente chora na chuva ninguém vê, ninguém ouve, a gente chora sozinho. Eu chorei.
Depois daquela conversa eu chorei. Depois daquela noite. Depois das palavras que não encontrei. Fiz chover.
Agora vejo gotas em tudo. Incomodando, fazendo frio, afogando todos os outros sentimentos.
Eu vou te contar tudo. Isso, tudo mesmo! Juro que não esqueço nada.
Isso é passado. É, eu sei… Aquela vez foi mesmo triste. Eu falei e chorei! chorei mesmo na chuva, aquela noite.
Conto sim, mas assim, agora? "Tá tão de repente!" Não, não, claro que não. Não estou nervosa não!
Só preciso buscar as palavras certas.
Sei que você não ficará confortável, e não quero que pense que falo para pressionar.
Ah é, e do que adianta pressionar você? Você é bem resolvida demais.
"Te amo”. É isso. “Te amo”. Quer tomar café amargo?

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sonho

Estive sonhando. Mesmo quando acordada.

Me agarrei em todos os fiapos de esperança que podem existir. Falhei. Sim, falhei.
O sonho foi quase uma reza. Estive rezando.
A vida tem dessas coisas: Se a gente não sonha não tem motivação.
Se a gente é motivado tem esperança.
Quando o sonho não acontece a gente morre um pouco:
Hoje um pedaço meu se foi e o pior é que no final do túnel não vejo nem uma linha de esperança para alcançar.
Hoje vou deitar ali no cantinho, encolhida, assim mesmo... desse jeito, mas dessa vez
porém, – mesmo que só de mentira, da boca para fora -, vou pedir para não acordar.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Sobre Qualquer Coisa ... alguma pessoa

Eu vou, meio que assim por acaso, tateando os fatos no escuro e sentindo os sentimentos no ar. Quando foi que me tornei tão ruim? Foi quando me perdi na imensidão da minha mente e deixei com que os meus pensamentos tomassem conta de mim. De repente eu nunca mais fui a mesma… De fato, eu nunca mais me respeitei.

Abre a porta que eu vou embora para nunca mais voltar!
E se perguntas o que houve, logo te respondo meu irmão: Eu nasci de novo. Fui ao infinito, conheci o desespero do ser humano e chorei como uma criança. Chorei tentando negar que tudo o que eu vi é tudo o que sou. Um fardo, uma icógnita, um desejo louco de gritar que explode em algum lugar escondido e proibido. Nunca amei o que fui, nunca amei o que sou, mas a sujeira da minha alma foi para lugar nenhum, para um nenhum alguém, para uma vida que oscilas sob os meus pés, bate na minha cara e diz: Acorda que é hora de crescer!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Mas nada disso importa

Nada importa, dias são dias, horas são horas;

mais quando você chora meu orgulho me ignora

e de braços abertos sempre vou estar,

acima do céu ou no fundo do mar,

vivendo pra desvendar os mistérios em você, que me atraem;

pois até quando te odiei te amei.

e até quando tudo pareceu confuso tudo era certo

só me arrependo de tudo o que não fiz!

e agora o que mais quero, é poder fazer;

mas o que me importa é te ver feliz!

É isso que vale.

se não fui o que você sempre sonhou,

me desculpe...

queria ser...

você é tudo o que eu sempre sonhei,

ainda vale apena sonhar!